ANO LETIVO 2021: EXPECTATIVAS E DESAFIOS!

Para o ano letivo de 2021, mesmo diante do cenário da pandemia da COVID-19, as expectativas são promissoras e os desafios são grandes. Atualmente existem formações dadas por diversos institutos ou empresas ligadas à área de educação para o professor, visando atender as necessidades do estudante, no que se refere às aprendizagens essenciais. O propósito deste texto é refletir sobre ações ou atividades para o início do ano letivo de 2021 e para as ações voltadas ao desenvolvimento do trabalho do professor.

Espera-se também uma melhor participação dos estudantes e das famílias no processo de ensino e aprendizagem, seja no ensino remoto ou no ensino híbrido. O ensino remoto corresponde a todas as atividades pedagógicas que não são presenciais e são realizadas com ou sem a mediação da tecnologia, permitindo que os estudantes sejam atendidos e que os objetivos de aprendizagem sejam alcançados. Já o ensino híbrido corresponde ao desenvolvimento de atividades pedagógicas que são realizadas de forma presencial e não presencial, para os estudantes de uma mesma turma ou classe.

O primeiro desafio é, como promover o acolhimento remoto desses estudantes de forma que eles se sintam motivados e acolhidos? Como realizar uma busca ativa destes estudantes que ainda não renovaram matrícula? Como oferecer condições de participação ao estudante nessas atividades remotas, usando ou não tecnologias da informação e comunicação? Esses são alguns dos questionamentos para serem debatidos com os pares da escola, da comunidade e representantes do sistema de ensino, a fim de oportunizar um começo de ano letivo satisfatório.

É importante construir um plano de trabalho, especificando as ações do professor, e como será desenvolvido o trabalho remotamente e presencialmente, registrando no projeto pedagógico (PP) ou projeto político-pedagógico (PPP). É importante fazer as devidas adaptações no PPP ou PP, em relação ao ensino híbrido ou educação híbrida. Por exemplo, especificando o que é e qual o percentual de trabalho presencial e trabalho remoto do professor.

Outro desafio é como será feito o diagnóstico inicial remotamente? E como será esse acolhimento remoto? O que deve acontecer após o acolhimento remoto? Qual será a estratégia para trabalhar com os alunos sem acesso às tecnologias da informação e comunicação (TIC)? São questionamentos para orientar a construção do projeto de trabalho ou planejamento coletivo para as ações pedagógicas na escola.

Para o cumprimento da carga horária do professor, devemos levar em consideração no ensino híbrido, que parte da carga horária do professor será presencial e que parte da carga horária do professor será remota. Então, qual a porcentagem de cada carga horária? Esses questionamentos devem ser regulamentados pelos sistemas de ensino, para o professor não ficar comprometido em exercer suas atividades além da carga horária prevista.

Outro desafio é estimular os estudantes a realizarem as atividades ou avaliações, de modo que forneçam as devolutivas, para análise dos resultados obtidos. Como sugestão para avaliação (baseado em um tema ou como sugerido em lives, webnário - SOMOS EDUCAÇÃO, etc), poderemos propor trabalhos em grupo, para estimular a criatividade dos estudantes (produções audiovisuais, intervenções artísticas, debates, jogos, entre outros); autoavaliações, para identificar pontos fortes e os pontos que precisam de atenção específica (fazer no google forms e habilitar as respostas imediatas com comentários); avaliação coletiva, para oportunizar que uns avaliem os outros (os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem podem aprender juntos, alunos e professores - pode ser por áudio-respostas); avaliação de processo (trabalhos individuais por etapas, pesquisas por etapas ou projetos por etapas - avaliar o processo desenvolvido pelos estudantes). E a frequência diária poderá ser contabilizada via google forms - para ficar registrada como comprovação remota aos sistemas de ensino.

Atualmente existem várias instituições que promovem formações para professores sobre o ensino híbrido ou educação híbrida, oferecendo cursos, seminários, colóquios, congressos, a fim de dar uma base para que o professor possa se especializar nessa nova modalidade que não é tão nova assim. E a partir daí, buscar novas direções de trabalhos ou de pesquisa.

A formação do professor é fundamental para dar o aporte teórico que ele necessita para desenvolver seu trabalho com responsabilidade, com dignidade, visando uma melhor qualidade da educação. Esse é um desafio enorme para a implementação do ensino híbrido ou educação híbrida na escola pública brasileira, pois essas particularidades do ensino híbrido precisam ser regulamentadas, em documentos oficiais, a fim de garantir o serviço prestado pelos professores, respeitando seus direitos trabalhistas, tais como, sua carga horária de trabalho semanal, especificando os percentuais de interação com o estudante, presencialmente e remotamente.

É importante a participação efetiva dos sistemas de ensino, tais como, as secretarias de educação, a fim de dar, por exemplo, o suporte logístico e legal para o trabalho do professor, fundamentando todas as atividades desenvolvidas no ensino híbrido ou na educação híbrida na escola pública. O que nos permite visualizar um quadro inspirador para o trabalho presencial e remoto. Todo o trabalho que será desenvolvido no ensino híbrido ou educação híbrida deve ter o apoio ou respaldo dos sistemas de ensino. A construção do plano de ação ou plano de trabalho da escola até a regulamentação do trabalho do professor indicando os percentuais de trabalho remoto e de trabalho presencial de interação com o aluno, são desafios a serem superados, para a melhoria da boa qualidade de ensino oferecida aos nossos estudantes. É mais um desafio a ser superado pelos agentes da Educação, que são verdadeiros heróis atuais, que não desistiram de seus sonhos e seus compromissos diante das consequências da pandemia da COVID-19. A Educação não parou! Parabéns professores, vocês são heróis!