top of page

COVID-19: UMA DIVISORA DE ÁGUAS?

  • Foto do escritor: Professor Pessoa
    Professor Pessoa
  • 24 de fev. de 2021
  • 6 min de leitura

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), a sigla COVID-19 significa COrona VIrus Disease (doença do coronavírus). Enquanto que dezenove se refere a dois mil e dezenove, que foi o ano no qual surgiram os primeiros casos em Wuhan (China), divulgado no final de dezembro de 2019. Nosso objetivo é estimular a reflexão sobre o tema e suas possíveis consequências ou impactos em nossa vida.


A pandemia do novo coronavírus resultou, até o momento que escrevia esse texto, em mais dois milhões de mortes pelo mundo, desde que o representante da OMS na China informou o surgimento da doença em dezembro de dois mil e dezenove. Uma situação de saúde que impactou a vida de cada um de forma mais ou menos grave. Felizes aqueles que não foram atingidos diretamente pela ação do coronavírus.


Houve um esforço muito grande no sentido de desenvolver estudos ou pesquisas e tecnologia para encontrar uma vacina que combatesse a COVID-19. Em um esforço concentrado de tentar deter o avanço da doença nas diversas partes do mundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS), recomendou o uso de máscaras, o distanciamento físico, uso de álcool em gel, higienização das mãos constantemente, entre outros aspectos. A conscientização da população para que todos contribuam na tentativa de combater essa doença é fundamental para nosso bem estar.


O que estamos fazendo para combater a doença e o nosso compromisso? Infelizmente nem todos na população mundial contribuem para o combate à COVID-19, porque não se isolam, não mantém o distanciamento individual ou distanciamento físico, continuam permitindo as aglomerações, o que permite que o vírus se propague cada vez mais de forma agressiva.


E que lições aprendemos? A pandemia da COVID-19 foi uma divisora de águas na vida de muitas pessoas no mundo. Para algumas, essa divisora de águas trouxe fome, desespero, situação de desolação, de desamparo, desesperança. Para outros, a pandemia da COVID-19 foi uma divisora de águas no sentido de que permitiu que essas pessoas fizessem uma releitura de suas vidas. Diante de tantas necessidades individuais e coletivas, a pandemia da COVID-19 forçou que muitas pessoas se reinventassem, de reconstruir suas vidas, de iniciar uma nova forma de trabalhar, de sobreviver, de se adaptar a essa nova realidade no mundo. Essa pandemia nos ensinou que podemos escolher buscar o melhor em cada um de nós, no sentido de ajudar o outro e de ser solidário, de ser participativo, de ser criativo, de procurar fazer a diferença no mundo, mesmo diante de todas as dificuldades.


E o que estamos fazendo para ajudar? Inicialmente, poderemos ajudar cumprindo com os protocolos de segurança nas cidades que estivermos morando ou em trânsito. Ao longo das regiões no mundo, encontramos pessoas que são capazes de ir ao extremo ou de se doar ao máximo, na tentativa de minimizar a dor do outro que está necessitado(a).


Será que os governos poderiam ter desempenhado um papel mais efetivo, de executar todos os esforços necessários e possíveis, para combater a pandemia da COVID-19? Essa é uma pergunta para reflexão!


E quais as possíveis repercussões para o futuro? A pandemia da COVID-19 nos forçou a reavaliar ou refletir sobre nossas posturas diante das pessoas, diante das ações que praticamos no ambiente em que vivemos ou moramos. Nos fez refletir sobre nosso egoísmo, nossa insensibilidade, nossa falta de companheirismo, ou seja, no momento antes da pandemia da COVID-19 parecia que o mundo estava se voltando cada vez mais para si mesmo ou dando ênfase a tecnologia e aos interesses pessoais, tais como, a economia, ao ganho próprio, ao poder. Não é que a economia não seja importante; não é que não haja uma ordem no mundo, mas, o problema é que ao mesmo tempo em que se valorizava muito o dinheiro e a tecnologia, deixava-se de lado o que é mais simples no ser humano, a compaixão, o carinho e a ternura, a vontade de vencer dignamente, a vontade de ajudar o outro, entre outros aspectos importantes.


Essa tomada de decisão ou essa mudança de atitude pode nos dar a chance de nos tornarmos pessoas melhores, isto é, um gesto de carinho e ternura aqui ou ali, pode fazer com que as pessoas que receberam essa ajuda, esse carinho ou ternura, que essas pessoas possam, no futuro, ajudar outras pessoas também.


É fazer a diferença na vida de outras pessoas. Então, é ajudar alguém aqui e agora, que estava sofrendo com a COVID-19 e essa pessoa conseguiu sobreviver, conseguiu lançar um novo olhar sobre sua vida no mundo. E isso também muda o nosso olhar para a vida! É ajudar qualquer um que necessite de ajuda!


E assim vai aumentando uma corrente de ternura, uma corrente de bondade, uma corrente de solidariedade, que vai despertar nas pessoas aquilo que há de melhor em cada uma delas.


Diante de várias situações que vivenciamos ou conhecemos pela imprensa, já olhamos de uma forma diferente para o nosso trabalho que antes era chato, e agora começamos a acreditar que não é tão chato assim, pois, muitos gostariam de ter esse trabalho que chamamos de "chato".


Quantos não perderam o trabalho e gostariam de ter o trabalho que você tem? Quantos ainda têm uma família, uma casa, enquanto outros perderam família, perderam carro, perderam tudo! Já ouvi muitos reclamarem que esse ano de 2021 não terá aumento de salário (até eu mesmo pensei assim por um momento). O aumento do salário mínimo é muito pequeno, o custo de vida está alto, e como irei sobreviver?


Enquanto outros, nessa pandemia da COVID-19, não têm salário ou emprego. Então, diante de todas essas situações de desespero e de desamparo, de perda de emprego, de mudança radical da situação financeira da população para pior, que foi gerada pela pandemia da COVID-19, diante de tudo isso, e nós, que passamos também por essa situação, mas ainda temos nossos empregos, nossas famílias ou nossos entes queridos e amigos, que ainda fomos poupados dessa doença, que olhemos com mais cuidado e carinho para os outros, e agradecer a Deus por tudo que nós temos, que aquilo que a gente acha pouco em nossas vidas, para essas pessoas que perderam tudo nessa pandemia, esse nosso pouco, com certeza, é muito para elas.


Uma das coisas para refletir é que, diante de tanta situação difícil gerada pela pandemia da COVID-19, devemos pedir desculpas, por todas as vezes que a gente não valoriza o que temos; que reclamamos da vida; reclamamos dos outros; não damos o devido valor a cada momento como se esse momento fosse único.


Uma situação para refletir: mesmo diante de notícias trágicas da pandemia da COVID-19, exemplos de solidariedade, de amor e fé, são mostrados em todo o planeta, como o esforço em ajudar o próximo que precisava de ajuda como a atuação daquela enfermeira - Rebeca Fonseca - (durante o bloqueio da Transamazônica, por caminhoneiros que protestavam contra as péssimas condições da via), que empurrou uma maca com um paciente em estado grave, por quase dois quilômetros, até chegar ao local onde outro transporte já os aguardava. E ela não desistiu, empurrou a maca com paciente até chegar à outra ambulância.


Então, dedicação como essa e de tantos enfermeiros, tantos médicos, tantos técnicos de enfermagem, maqueiros, atendentes nos hospitais, clínicas, postos de saúde, nos hospitais de campanha, é que caracterizam os verdadeiros heróis desse momento da história.


As pessoas que estão trabalhando na área de saúde, diretamente ou indiretamente no combate à COVID-19, são verdadeiros heróis e heroínas; são pessoas que estão arriscando a vida e muitos já morreram, e acredito que um dia a história fará justiça a todas essas pessoas, todos esses profissionais da área de saúde que estão vivendo esse momento da história tão difícil, triste, mas, também repleto de esperança, de renovação de vida, de luta pelo bem-estar do próximo.


A história fará que esses profissionais da saúde que estão vivendo esse tempo, sejam lembrados no futuro como grandes heróis desse período, e também todas aquelas pessoas que continuaram trabalhando, arriscando suas vidas, nos serviços essenciais, como entregadores de comida, de remédios, caminhoneiros, pessoas trabalhando nos postos de gasolina para manter os carros abastecidos, policiais que continuaram enfrentando a marginalidade, mesmo arriscando suas vidas de serem acometidos pela doença, e tantos outros heróis que mantiveram os serviços essenciais funcionando, lutando pela preservação da vida no combate da COVID-19, serão lembrados como heróis. Heróis de um tempo que deixou marcas, marcas profundas na sociedade mundial.


Então, podemos refletir um pouco mais pensando no que a gente pode fazer para tornar nossa vida um pouco melhor? Ou a vida de quem a gente ama, ou a vida de outros? Uma das coisas que a gente pode fazer é não ter medo de mudar, de experimentar o novo. De voar voos que antes não pensávamos em voar. De se reinventar; de não ter medo de mudar. Pense no que você pode fazer de bom no presente, para construir um futuro melhor. Não fique preso ao passado. Não tenha medo de fazer diferente. Não tenha medo de não ser bom o bastante para realizar uma tarefa. Acredite que você é capaz!


Portanto, diante de tantas considerações para refletirmos, sobre o que é a COVID-19; seu impacto no mundo; sobre as lições que aprendemos; sobre como cada um de nós pode ajudar no combate à doença e as possíveis consequências para o futuro, qual será nosso legado para as gerações futuras? Toda essa situação que estamos vivendo pode nos dar a chance ou a possibilidade de nos tornarmos pessoas melhores. Que podemos fazer a diferença em nossa vida e na vida dos outros. Acredito que a humanidade ainda tem muita, muita coisa boa para oferecer a ela mesma. Que Deus abençoe a todos!

 
 
 

Comments


©2021 por Blog do Professor Pessoa. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page