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VISUALIZANDO FORMAS GEOMÉTRICAS NA EJA: UMA VIAGEM PELO MUNDO

  • Foto do escritor: Professor Pessoa
    Professor Pessoa
  • 7 de abr. de 2021
  • 3 min de leitura

A pandemia da COVID-19 ofereceu vários obstáculos no processo de ensino e aprendizagem, entre os quais estão o difícil acesso à internet pelos estudantes; desemprego de familiares; a falta de assistência alimentar; entre outros fatores. No processo de estudos para os estudantes da EJA não foi diferente, a dificuldade de acompanhar as aulas remotas em 2020 foi um desafio. Diante desse desafio tivemos que inovar ou nos reinventar para mostrar ao estudante da EJA uma possibilidade para estudar as formas geométricas planas e espaciais. A maneira escolhida para fazer essa abordagem foi levar os estudantes da EJA a uma viagem pelo mundo, via Google Earth, para identificar essas formas em monumentos ou lugares turísticos espalhados pelo mundo. O objetivo deste texto é socializar uma experiência de sala de aula virtual no ensino remoto em 2020, com os estudantes da EJA (em Maceió-AL, é denominado EJAI - Educação de Jovens, Adultos e Idosos), na Escola Municipal Dom Antônio Brandão.


Conforme Fonseca (2020, p. 22-24), é importante observar a relação dos sujeitos da EJAI com o conhecimento matemático e as condições para o aprendizado escolar. É importante que a escola considere as experiências dos sujeitos da EJAI para o desenvolvimento do trabalho pedagógico significativo para os estudantes.


Após um “bate papo” com os estudantes da EJAI (quarta fase, quinta fase, sexta fase), indaguei: “... que formas geométricas poderemos visualizar ou ver no mundo?” e descobri que alguns alunos já haviam observado em viagem de férias formas geométricas em casas, praças, etc.


Depois de socializarem suas respostas à minha pergunta, comecei a fazer a “imersão” dos estudantes pelos locais com arquiteturas semelhantes às figuras geométricas planas e espaciais, via Meet e Google Earth. À medida que surgiam as imagens e apareciam as formas geométricas, os estudantes da EJAI se pronunciavam identificando ou não alguma forma geométrica. Em seguida, era explicado as características ou particularidades das figuras encontradas.


Os locais de visitação virtual foram Egito (pirâmide de Quéops ou pirâmide de Khufu - triângulos; pirâmide; quadrado; vértices; faces; arestas); França (pirâmide do Louvre - triângulos; faces; arestas; vértices); Grécia (templos gregos - cilindros; paralelepípedos; triângulos); Itália (templo romano de Córdoba - cilindros; paralelepípedos); Jordânia (templos - Petra, a cidade rosa da Jordânia que foi cenário do filme de Indiana Jones - cilindros; cones); Inglaterra (monumentos - STONEHENGE; Big Ben - círculo; quadrado; paralelepípedo). Foi proposto que os estudantes observassem os objetos ou formas geométricas visualizadas na “viagem virtual” e anotassem suas observações no caderno para socializarem posteriormente. Após a “imersão”, houve a socialização das opiniões de cada estudante sobre a “viagem virtual” e o que aprenderam com a ação praticada.


Isto posto, a importância de se utilizar os recursos disponíveis, sejam virtuais ou não, nas aulas remotas, é crucial para motivar e facilitar a aprendizagem de conteúdos ou temas propostos aos estudantes da EJAI. Esta “imersão” pelo mundo, buscando formas geométricas em monumentos e templos, visualizando formas ou conceitos geométricos, facilitou o estudo de tópicos da geometria plana e espacial pelos estudantes da EJAI. A tecnologia é uma ferramenta no cotidiano das sociedades atuais e com as devidas adaptações, pode ser usada para minimizar os prejuízos educacionais na formação dos estudantes da EJAI. É mais um desafio para os professores e estudantes nesse contexto de pandemia da COVID-19.


Referência: Fonseca, Maria da Conceição F. R. EDUCAÇÃO MATEMÁTICA DE JOVENS E ADULTOS - 3. ed. 2. reimp. - Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2020 - (Tendências em educação matemática; 5).

 
 
 

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